Entre dias ásperos e doces noites, me refaço sem traço. Hoje as palavras me rompem por dentro, sem precisar de contato.
Se me embalo no tropeço é porque sei que, na hora do recomeço, meu impulso terá pulso mais forte.
Nunca é golpe de sorte. Sempre uma escolha entre o pulo e a queda.
E como se salta ferida de alma? Finge que não se sente?
Sentir muito é assinar contrato com linha de costura, retalhando as belezas das dores que a vida dá.
Não há mar sem pancada de onda, nem rio que não encontre pedreira.
Não há vitória sem morte, amor sem liberdade, fé robusta sem reconstrução.