29/07/2024 às 23:03

Das Trocas de Pele

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Entre dias ásperos e doces noites, me refaço sem traço. Hoje as palavras me rompem por dentro, sem precisar de contato.

Se me embalo no tropeço é porque sei que, na hora do recomeço, meu impulso terá pulso mais forte.

Nunca é golpe de sorte. Sempre uma escolha entre o pulo e a queda.

E como se salta ferida de alma? Finge que não se sente?

Sentir muito é assinar contrato com linha de costura, retalhando as belezas das dores que a vida dá.

Não há mar sem pancada de onda, nem rio que não encontre pedreira.

Não há vitória sem morte, amor sem liberdade, fé robusta sem reconstrução.

29 Jul 2024

Das Trocas de Pele

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